A paixão. Ao limite.
Não, a paixão não pode ser só alegria. Paixão é intensidade. E isso mexe com tudo o que é emocional e sensível em nós. Tudo o que é flor frágil ao vento ou pétala à deriva do mar. Deixamos de controlar. Vira tudo ao contrário. Dá voltas à cabeça, ao peito, ao estômago. Descarga energia em todo o corpo. Quero descansar e nem isso posso. Consome-me até ao final de tudo. Até doer. Até doer deliciosamente ao ponto de querer mais e mais. Tudo se agita, tudo ferve. Sim, é como uma grande febre que nos consome. E queremos que nos consuma mais e mais. Até esgotar. E esgota-se? Não se alimente a ela própria? Constrói-se para se ir consumindo e o fogo do seu consumo constrói mais e mais e quer mais calor. É doentio e desequilibrado, dá-nos fome de mais e alimenta-nos a alma ao mesmo tempo.
Cheguei bem tarde, numa noite fria (e há tanto tempo que não sentia um frio assim) e no meio de uma escuridão que nada deixava ver. Tudo o que vi (e foi tanto) vinha de dentro. Só na manhã seguinte olhei pela janela da sala e lá estava ela. Imponente, arrebatadora: a cordilheira dos Andes ao fundo das águas do imenso lago. Tudo em tons frios de azul. E grande, tão grande.
Não, a paixão não pode ser só alegria. Paixão é intensidade. E isso mexe com tudo o que é emocional e sensível em nós. Tudo o que é flor frágil ao vento ou pétala à deriva do mar. Deixamos de controlar. Vira tudo ao contrário. Dá voltas à cabeça, ao peito, ao estômago. Descarga energia em todo o corpo. Quero descansar e nem isso posso. Consome-me até ao final de tudo. Até doer. Até doer deliciosamente ao ponto de querer mais e mais. Tudo se agita, tudo ferve. Sim, é como uma grande febre que nos consome. E queremos que nos consuma mais e mais. Até esgotar. E esgota-se? Não se alimente a ela própria? Constrói-se para se ir consumindo e o fogo do seu consumo constrói mais e mais e quer mais calor. É doentio e desequilibrado, dá-nos fome de mais e alimenta-nos a alma ao mesmo tempo.
Cheguei bem tarde, numa noite fria (e há tanto tempo que não sentia um frio assim) e no meio de uma escuridão que nada deixava ver. Tudo o que vi (e foi tanto) vinha de dentro. Só na manhã seguinte olhei pela janela da sala e lá estava ela. Imponente, arrebatadora: a cordilheira dos Andes ao fundo das águas do imenso lago. Tudo em tons frios de azul. E grande, tão grande.
A Patagónia.
Cheguei a ela ali, naquele olhar. E foi um inundar e esvaziar ao mesmo tempo.
foto de meiomaio |
Bariloche, Patagónia, Argentina
ai ai ai <3 já tinha tantas saudades de te ler, e de ver através de ti. esses azuis e essa luz. saudades da cordilheira, também. do dulce de leche e dos mates. a saudade também é uma forma de paixão, como tu tão bem a descreves. contraste: essas nuvens esse sol.
ResponderEliminarohh minha querida ♥
EliminarQue lindo! Umas das minhas viagem de sonho ❤️
ResponderEliminarObrigada Patricia! :) *
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