Ali o ritual é ao contrário. É acordar de madrugada, naturalmente, sem precisar de despertador, numa das primeiras noites passadas na carrinha. E sentir todo aquele silêncio arrebatador. Aquela paz. (Porque é que tudo pára, antes do sol nascer?) E começamos assim, com a introspecção. (Aquele céu escuro que pouco a pouco se vai suavizando em tons de lilás não dá para outra coisa.) E é ficar assim, com o ar frio na cara, à espera que ele rompa o horizonte. Demora sempre um pouco mais do que parece, e mal cruza a linha do mar enche tudo com a calidez daquela luz dourada. E toda a energia muda naquele instante.
Depois um passeio naquele infinito areal, que a ausência de pessoas naquele ainda frio Abril deu tempo e espaço ao mar e ao vento para esculpir todas aquelas formas. Sim, aquele sitio estava cheio de maravilhosas texturas. E era um prazer senti-las com os pés descalços. Tudo isto ali, com um certo ar de desamparo (aquilo das grandes planicies vazias), onde o rio Ebro abraça o Mediterrâneo.
fotos de meiomaio |
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Delta do Ebro, Catalunha, Espanha
Há tantos anos que não vejo um nascer de sol! Um verdadeiro privilégio poder saborear desta forma um novo dia. Que tenhas muitos dias assim! Adorei as fotos, o texto. Beijinhos
ResponderEliminarSim, principalmente nós, das terras a oeste, vivemos mais o pôr-do-sol. Depois há também a dificuldade da hora de um nascer do sol. Mas sim, é bonito, é outra energia, e é sempre um momento único.
EliminarObrigada querida Joana :)
Bejinho*
Tão, mas tão maravilhoso! Adoro os tons suaves, a luz tão, mas tão bonita, a incidir no mar e também na areia. Os sulcos, as marcas na areia... Lindo, muito lindo, Ana :)
ResponderEliminarObrigada pelas partilhas sempre tão belas e inspiradoras ❤
Um beijinho
O lugar, e aquela luz, ajudam ;)
EliminarMuito obrigada a ti Cláudia!! ♥
Beijinho grande*